domingo, 20 de fevereiro de 2011

Xico Sá

O ambiente de futebol já foi mais feliz e tolerante, famílias freqüentavam tranquilamente os estádios e não tinha muita violência, e teve até a Flagay uma época. Nos dias de hoje assistimos, por exemplo, um alto grau de intolerância como a torcida do São Paulo que há pouco tempo quando Richarlyson ainda pertencia ao time, era abertamente hostilizado por acreditarem que ele é gay (não vou entrar no mérito se ele é ou não). Por que o futebol brasileiro entrou nessa espécie de obscurantismo?
Reza a lenda que uma facção de torcedores do São Paulo ameaçou Richarlyson de morte. Se assumisse, no Fantástico, como estava previsto, que era gay, morreria. Não sei se procede 100%, mas duvido que não seja verdade. Pra variar, Hipocrisia Futebol Clube. Quem conhece minimamente o mundo do futebol, como o universo da igreja etc, sabe que nas categorias de base, os noviços, juvenis, os mais jovens, são assediados por técnicos, sacerdotes, padres, cartolas e jogadores mais velhos. Gays como em quaisquer outras profissões. Só que no futiba e na religião, os dois exemplos dados, os fanáticos não toleram, até porque têm no esporte e na divindade os escudos simbólicos, as barreiras instransponíveis de proteção ao desejo que um dia podem traí-los. Em bom futebolês de mesa redonda: quem tem cu tem medo.

Fonte: http://blogay.folha.blog.uol.com.br/


Nenhum comentário: